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28 julho 2012

Um brinde à nostalgia.



Hoje me peguei pensando na infância. Nos anos que se foram e não voltam mais. E o mais engraçado é que naquela época eu odiava tudo. Sabe aquele cheiro de suco que te remete à imagem da lancheira do Cebolinha?! Pois é, por anos eu não conseguia sentir o gosto do pêssego, por me remeter aquela época. Hoje além de conseguir ingerir o tal do suco de pêssego, consigo absorver também o quão boa era minha vida (antes tarde do que nunca). 
E como era bom passar horas posicionando peças do playmobil, e não dar tanta importância pra TV (apenas parar para comer biscoito salgado assistindo 'Vale a pena ver de novo'). E sair pra pescar, sem se quer saber o que era isso, com meu pai e meus primos. E ali, perder horas, mesmo que a grama alta me incomodasse. E mesmo quando acabava o Carnaval, dávamos sequência a ele quaresma adentro (Porque não considerávamos isso algo pecaminoso, éramos crianças). 

Sentir saudade de quando Brasópolis parecia muito maior (e mais movimentado) do que hoje. Quando da estação até o hospital, pareciam duas cidades. Daí eu penso: Éramos felizes e não sabíamos?
Creio que sim. Acho que a felicidade pela qual tanta ansiamos está diante de nossos olhos muitas vezes e nem conseguimos perceber. Porque felicidade é coisa simples, é gosto simples. E por eu conseguir ver que coisas banais do passado me fizeram feliz, eu fico satisfeito. Porque eu vivi, e porque ainda hoje consigo dar importância ao pôr-do-sol, consigo ver alegria em sentar às seis da tarde para ver a noite chegar aos poucos. Consigo ver alegria nas pessoas passando por mim e no simples fato de imaginar como será a vida delas. Porque estar é vivo é muito motivo para se ser feliz. E sentir saudade apenas faz crer que nossa vida valeu a pena. Por isso, hoje dedico um brinde à nostalgia. Afinal, recordar e VIVER.  

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