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31 julho 2012

Supernova.



Hoje me peguei pensando no movimento da vida, enquanto assistia a mais um episódio de 'The O.C.', e vi que às vezes precisamos vivenciar muita coisa pra dar valor no que está ao nosso lado. E comigo também é assim. Eu perdi muita coisa pelo caminho, e não digo que estou arrependido, mas acho que algumas coisas poderiam ter sido diferentes. Só que não foram. E não estou aqui para lastimar o que ficou pra trás. Na realidade, eu ainda acredito que se algo tem de ser meu, ele será, mesmo que demorem anos, mesmo que seja necessário ocorrer mais perdas. E perder muitas vezes é acrescentar. Acrescentar uma dose de maturidade em nossa vida, um dose de responsabilidade. Na realidade estamos nos dispondo a viver as dores para saber futuramente o que vem a ser a cura, a sobriedade. E hoje, com o peso da idade eu posso garantir que os destroços que ficaram pela estrada só vieram a aumentar as peças do hoje na minh'alma. Derramar lágrimas em cima das perdas não trará tudo de volta, por isso acho que devemos nos permitir ser mais felizes, sem aquela necessidade da plena alegria. Quem disse que não sofreríamos? E quem disse que a vida seria melhor sem problemas? Pois bem, chorar tem seu valor, pra que, quando você quiser gargalhar, isso não se torne algo comum. Quantas pessoas mudam todos os dias, quantos sonhos se concretizam ou se perdem todos os dias? E mesmo assim damos sequência, na esperança de logo menos podermos sorrir de novo e descobrir o verdadeiro significado da felicidade. 
28 julho 2012

Um brinde à nostalgia.



Hoje me peguei pensando na infância. Nos anos que se foram e não voltam mais. E o mais engraçado é que naquela época eu odiava tudo. Sabe aquele cheiro de suco que te remete à imagem da lancheira do Cebolinha?! Pois é, por anos eu não conseguia sentir o gosto do pêssego, por me remeter aquela época. Hoje além de conseguir ingerir o tal do suco de pêssego, consigo absorver também o quão boa era minha vida (antes tarde do que nunca). 
E como era bom passar horas posicionando peças do playmobil, e não dar tanta importância pra TV (apenas parar para comer biscoito salgado assistindo 'Vale a pena ver de novo'). E sair pra pescar, sem se quer saber o que era isso, com meu pai e meus primos. E ali, perder horas, mesmo que a grama alta me incomodasse. E mesmo quando acabava o Carnaval, dávamos sequência a ele quaresma adentro (Porque não considerávamos isso algo pecaminoso, éramos crianças). 

Sentir saudade de quando Brasópolis parecia muito maior (e mais movimentado) do que hoje. Quando da estação até o hospital, pareciam duas cidades. Daí eu penso: Éramos felizes e não sabíamos?
Creio que sim. Acho que a felicidade pela qual tanta ansiamos está diante de nossos olhos muitas vezes e nem conseguimos perceber. Porque felicidade é coisa simples, é gosto simples. E por eu conseguir ver que coisas banais do passado me fizeram feliz, eu fico satisfeito. Porque eu vivi, e porque ainda hoje consigo dar importância ao pôr-do-sol, consigo ver alegria em sentar às seis da tarde para ver a noite chegar aos poucos. Consigo ver alegria nas pessoas passando por mim e no simples fato de imaginar como será a vida delas. Porque estar é vivo é muito motivo para se ser feliz. E sentir saudade apenas faz crer que nossa vida valeu a pena. Por isso, hoje dedico um brinde à nostalgia. Afinal, recordar e VIVER.  
17 julho 2012

Perfil.



Quem sou eu? As redes sociais me fazem essa pergunta e eu também me faço. Afinal o que eu quero e busco nesse breve período de tempo e espaço que se chama 'minha vida'? Ah, sei lá. Tem horas que acho que gosto do azul, mas o vermelho parece mais característico com a minha pessoa. Mal de libriano toda essa dúvida?! Talvez. 
Mas ontem me peguei pensando no que eu realmente queria ser. O que eu realmente quero da minha vida? Às vezes temos de fazer essas perguntas chatas a nós mesmos. Eu não quero me tornar uma pessoa vazia, que só visa tirar lucro de tudo e todos. Mas ao mesmo tempo não tenho perfil para lutar por grandes causas e tentar mudar o mundo. Pra mim isso é utópico e utopia não faz meu estilo. E nessa minha breve caminhada, já tentei ser tanta coisa: hippie pós-moderno, alternativo num grau médio, mauricinho sem muitos propósitos. Mas quer saber?! No fundo não consegui ser nada disso. Porque as tribos não se encaixava em mim e vice-versa. Ultimamente me identifiquei muito com o que chama de hipster, onde o objetivo é não gostar do que todos gostam, basicamente. Pra falar a verdade sempre fui assim. Nunca consegui ter a mesma roupa que todos usavam, nunca consegui ouvir a música porque todos ouviam, e simplesmente, odiava quando alguém tinha algo que eu tinha planejado ter ou mesmo, tinha. Repudio a falta de personalidade. Se o mundo tem tanta opção, porque todos têm que gostar da maçã?! E sempre devemos estar aberto às opções, e sempre experimentar coisas novas e quem sabe assim consigamos equilibrar nossos gostos. Talvez seja bem o que disse Renato Russo: "Gosto de São Francisco e São Sebastião, e eu gosto de meninos e meninas". 
Por fim, como conclusão dessas horas de pensamento eu só posso dizer que estou numa fase de riscos. Talvez me jogar no desconhecido seja necessário. Quem disse que as grandes mudanças na vida das pessoas só existem nas novelas? Ninguém. E se eu simplesmente quiser viver uma vida como da ficção, quem vai me proibir? Até porque achar graça em pôr-do-sol e nos discos de vinil eu já acho. 
15 julho 2012

Ser homem.



Hoje é dia do homem no Brasil, e se você, assim como eu, é um homem pensante deveria ser questionar a respeito do que é 'ser homem' pra você. Talvez ainda precisemos de colo, como quando éramos crianças, e não é por isso que nos tornamos menos homem. Também não é porque choramos em um filme ou quando, simplesmente não sabemos resolver uma situação mais complicada do que o normal que não sejamos homens. Ser homem é mais do que isso. É encarar suas responsabilidades, suas escolhas, e enfrentar o mundo se preciso for preciso pra mostrar do que você é capaz. Ser homem é saber ser pai sem ter manual de instruções, saber ser filho na hora de agradecer. Ser homem é ficar balançado diante de alguma situação de escolha por medo das consequências. E amar inconsequentemente também faz parte de ser homem, porque somos sim, seres racionais, mas nem por isso estamos livres de nos apaixonar, pois antes de tudo somos seres humanos. 
E existem vantagens em ser homem. Não menstruamos, não sofremos com a dor do parto. Enfim, temos de achar algo de bom no fato de sermos homens (brincadeira). E nos tempos modernos, os homens têm uma liberdade tão grande que chegamos a questionar: Até onde isso vai? Eles se maquiam, se depilam, cuidam da casa enquanto as esposas vão à luta. #InversãoDePapéis.
Bom, ser homem é complicado, talvez até mais do que ser mulher. Tem vezes que temos de nos mostrar pro mundo como rochas, imbatíveis, não suscetíveis à qualquer movimento brusco do tempo (ou dos problemas). Mas no fundo, dentro de nós mesmos, desabamos sem sentir se quer o chão e sem saber até onde conseguiremos chegar sem o auxílio de alguém. Talvez façamos isso por orgulho apenas, só pra dizer que somos homens e estamos prontos para qualquer imprevisto da vida. Mas no fundo não estamos. Não sabemos lidar com as perdas (sejam elas de pessoas vivas ou mortas), não sabemos lidar com frustrações, não sabemos lidar com fracassos. Às vezes era melhor se tivéssemos coragem suficiente para falar: Eu errei! e pedir colo, pedir conselho. Ser homem é isso, é aquilo. Ser homem não é apenas beber cerveja em qualquer boteco, assistir a jogos de futebol e urinar de pé. Então, se você é homem, sinta-se feliz hoje; se é mulher saiba que você é fundamental na vida de qualquer homem, seja pai, irmão, filho, tio, marido, namorado, avô... 
14 julho 2012

Emocionalmente Instável



Então, eu acho que essa expressão define bem o momento pelo qual eu estou passando. Não sei mais do que gosto, nem sei mais o que eu quero. Tô mais temperamental do que normalmente. Chorando no final de séries, rindo a toa de coisas banais, brigando com os amigos sem se quer ter um motivo. Tô indeciso (isso já é normal), mas acho que a indecisão tá mais intensa nesses dias. Eu queria pegar o primeiro ônibus de volta pra Mariana, na esperança de que tudo melhore. Mas no fundo sei que isso só iria adiar meu problema, ou torná-lo diferente: se tornaria problema estar longe de casa. Então, eu estou parado, no meio de uma multidão que vai e vem, que chora, sorri, enfim, que vive realmente. Estou sozinho no meio dessas pessoas, sem saber por qual caminho seguir ou o que fazer com a minha vida.
Não posso falar que estou insatisfeito com as coisas que têm acontecido. Muito pelo contrário, estou feliz com o rumo que tudo está tomando. Talvez seja só um momento mesmo, talvez seja só uma fase complicada, sabe-se lá porquê.
Bom, eu hoje resolvi postar aqui hoje como uma forma de desabafo. Apenas na expectativa de que melhoraria meus sentimentos. Mas no fundo, tô do mesmo jeito. Estranho, com uma sensação de vazio e ao mesmo tempo um desespero. O fato é que no fundo, temos que passar por tudo que a vida nos oferece, sejam os bons e os maus momentos. Eu sei que frase feita a essa hora do dia não engrandece a alma de ninguém, mas eu insisto em falar isso pra mim mesmo. Quem sabe eu consiga entender que tudo pelo que estou passando, seja para melhorar algo dentro de mim.
12 julho 2012

(des) prazeres


A gente sempre se pega questionando nossos gostos, não? Pois é... Então, acho que parar pra observar nossos gostos nos torna melhores conhecedores de nós mesmos. Quanto a mim, gosto de muita coisa, apesar de parecer o contrário. De comida, por exemplo, nada como uma temporada fora da casa da mamãe pra te fazer aprender que quiabo é também uma coisa boa (ainda mais acompanhado de frango). E que ir para o fogão pode te entreter, e porque não, se tornou um dos meus maiores passatempos. Aprendi muito sobre mim depois que fui morar fora. Por exemplo, que a solidão (forçada) não é tão gostosa assim.
Ah, tem também aquelas coisas que não são necessariamente boas, mas que te fazem lembrar de momentos bons da vida. No meu caso, geralmente, tem a ver com televisão; talvez pelas longas horas perdidas diante da caixa de asneiras. Como biscoito salgado com leite e nescau me lembram "A Indomada" e vice-versa ou 'Mulheres de areia', 'A viagem' e Paradise de Coldplay me lembram minha mãe. Coisas que às vezes consideramos bobas, mas que quando se encaixam fazem um tremendo sentido. 

Tem também aquelas coisas que toooodo mundo ama, menos eu. (PARA) Não sou do contra, ok?! Mas tem umas coisas que não consigo gostar, como sonho (o pão doce). E ao mesmo tempo gosto do que todo mundo gosta: chocolate, Coca-cola, estourar plástico-bolha, ficar hooras vendo a vida passar no Facebook ou na frente da TV me envolvendo com as novelas, gosto de filmes e de ficar horas na locadora, de comer maionese, séries, twittar, gosto de fotografia, mas nunca tentei investir nisso. Gosto também de pintar telas, de músicas, lasanha, trilhas sonoras... bla bla bla... Se todos gostam, vocês devem saber né?! 
E durante nossa rotina aprendemos também a apreciar coisas bobas, como um bom brigadeiro no sofá da sala, num dia de inverno; ou um bom banho duradouro nos dias de verão - o que me leva a pensar também que eu odeio banhos públicos (piscina, cachoeira e afins), nessa hora me sinto menos brasileiro por isso. 
Vamos aos desprazeres: Odeio coisas comuns também, como filas, atividades físicas, computador travando, TV fora do ar, acordar no meio do sonho, sair de casa em dias chuvosos, verduras, funk (Meu desabafo)... E coisas estranhas também: café doce, feijão/arroz com macarrão (argh), refrigerante de uva...
Enfim, gosto de muitas coisas e desgosto de outras. Mas acho que no fundo a vida é assim né?! Imagina que sem graça se todos gostássemos da mesma coisa?! E só pra finalizar, eu odeio gostar do que todo mundo gosta e eu adoro postar nesse blog.
07 julho 2012

¿Imparcialidade?


Há tempos me questiono sobre essa palavra que, eu juro, não consigo achar uma definição apropriada. Bom, definir até definimos, mas crer que isso realmente existe é algo meio questionável. Vemos todos os dias noticiários e gente palpitando sobre tudo e todos, seja na TV, rádio ou internet. Mas o que faz crermos que a opinião deles é a mais adequada? Você acredita que exista alguém imparcial nessa vida? Porque eu duvido muito. 
Uma coisa muito interessante que se arrasta pelos tempo é a insistência da população em dizer que a Rede Globo manipula os brasileiros... Como podem aceitar e ainda difundir tal ideia?! Isso só faz demonstrar que os brasileiros são seres ignorantes incapazes de criar uma opinião própria a respeito de algo e vivem a mercê de uma emissora de TV. Daí vem a tal da Record, bater de frente e mostrar que não quer manipular a população, porém não perde uma oportunidade de esfaquear a emissora carioca alegando vários erros que a mesma vem a cometer logo depois. Será um karma todas os canais terem de viver à sombra da Globo?! Bom isso já não vem ao caso, apenas citei esse fato pra exemplificar algo que eu, sinceramente, não consigo entender. Manipulação, imparcialidade, etc. Coisas que a mídia faz questão de sempre enfatizar. Mas porque não invertermos o olhar, e vermos por trás do que é a mídia. Quem escreve, quem fala, quem pensa por trás de um computador? Não sabemos e talvez nunca saberemos. Mas porque achamos que podemos acreditar naquela pessoa X? Daí você vai vir com aquele papo de que ela estudou pra isso e blá, blá, blá... Tá, eu sei, mas eu nunca vi em nenhuma grade de curso de comunicação uma disciplina que ensine a ser imparcial.
A tal da imparcialidade está intrínseca no ser humano. Nunca vamos deixar de colocar nossos gostos e vontade ao darmos a opinião sobre determinado assunto. Nunca vamos deixar de ter favoritismo por algo ou alguém. E numa discussão, raras vezes vamos estar totalmente certos, porque até o que é certo e o que é errado é relativo. Às vezes acho que o interessante da vida é isso: debater, discutir e chegar (ou não) em alguma conclusão. Por isso todos deveríamos colocar uma camiseta com enormes dizeres:  SOU IMPARCIAL SIM E DAÍ?! (O 'sim e daí' é clichê, mas eu gosto); e deixar de lado essa picuinha com os maiores jornais ou emissoras do país. Vamos ser (ou ao menos tentar) mais inteligentes e não sair por aí falando que somos MANIPULÁVEIS e que qualquer pseudo-jornalista (já que o mundo tá cheio de pseudos) vai mudar nosso pensamento.  
01 julho 2012

Boa noite.


Eu não tinha (e ainda não tenho) nada em mente para escrever, mas eu queria muito publicar algo. Logo pensei em alguma coisa sobre a noite, porque eu gosto da noite e porque nesse momento estou envolto por ela. À noite tudo parece mais real, mesmo me opondo do que os outros pensam. Eu penso que as pessoas não têm medo de serem elas mesmas quando a tarde cai. Porque a noite parece que tudo é permitido. Mesmo quando fico em casa, cercado por todos os lados de 'nada pra fazer', eu me sinto bem à noite. Ao passo que durante o dia me sinto agitado quando não há algo que me apeteça. 
Hoje estou em casa, mofando ao som de trilhas sonoras de filmes velhos. Mas quer coisa melhor do que isso?! Bom, não acho raros momentos como esses, mas mesmo sendo rotineiros eu insisto que os amo. É engraçado ficar sentado na frente do computador por horas, vendo as 'janelinhas' de notificação do Twitter subindo toda hora, à noite. Parece que as pessoas querem mostrar que suas vidas estão agitadas e que muito há para se fazer num "sábado à noite"; ou existem ainda aqueles (como eu) que preferem divulgar sua solidão, seu tédio ou simplesmente seu 'casa, brigadeiro e TV'. 
Mas durante essa narração de coisas banais que vos faço, pensei: Se não tenho tanto ânimo ou não vejo necessidade de sair de casa num sábado à noite é sinal que estou ficando velho?!

(pensativo)

Conclusão?! Nenhuma. Afinal, quem disse que velho que fica em casa sábado à noite?! (Tá, essa pergunta não solucionou esse X da questão em minha cabeça) Bom, acho melhor eu falar de outra coisa referente à noite. Voltemos às redes sociais. Acho estranho o porque da frequência do Twitter ser aumentada, enquanto a do Facebook é diminuída. Merecia uma pesquisa isso, hein?! (Que falta do que fazer.) Mas o mais engraçado dessas redes é quando a madrugada alta chega e as 'pessoas' também chegam - bêbadas e falando incansavelmente asneiras que a gente promete tentar não se lembrar no outro dia. Mas quando você é a tal da pessoa chata, alcoolizada e insistente, esquece, aquela pessoa não vai esquecer das letrinhas sem nexo subindo no seu monitor.
Bom gente, entre baboseiras de rede social e uma visão do perfil do povo que mora num lar chamado 'sábado à noite' eu acho que vou parar por aqui. Minha trilha sonora já mudou (Tô ouvindo do filme "Begginers" nesse momento) e sinto que não tenho mais uma só palavra pra postar; entãoooo só tenho que lhe desejar uma BOA NOITE...