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25 fevereiro 2012

A hora da despedida

Sim, estou a um passo de voltar para Mariana. Mas hoje não estou aqui para lamentar a minha ida pra lá, mas pra lamentar o meu período de validade naquela cidade. Sim, estou indo para fazer tudo o que eu não consegui fazer em dois anos, e porque não, relembrar grandes momentos com grandes pessoas. Mas dói de uma maneira tão intensa que passa de dor abstrata pra concreta. E nessa hora, rever fotos do meu primeiro período não me consola mais, apenas faz surgir uma lágrima a mais nos meus olhos. Porque não podemos perceber a beleza da vida na hora em que estamos vivendo?! 
Estou indo com o braço aberto e seco por um abraço que espero que dure esses 4 meses de modo ininterrupto, pra eu poder voltar pra casa ou seguir meu caminho com o cheiro das pessoas amadas. Quero não reclamar da 'falta do que fazer' de Mariana, quero não reclamar do minério e das casas antigas. Quero simplesmente viver o que me foi dado. 
Vou chorar quando for pra chorar, sem vergonha e sem pudor. Vou gargalhar quando for pra gargalhar, sem me importar, sem pensar no que virá amanhã. Esse tal de 'carpe dien' vale muito na prática, quando conseguimos o colocar em prática. Mas enquanto essa hora não chega, sinto um aperto no peito. 

Aquele lugar que me abrigou por quase 3 anos logo fará parte do meu passado, das minhas lembranças, das fotografias na parede. Eu não quero partir, mas caros amigos, é preciso a renovação!