Copyright © Crônicas, Contos e Desabafos
Design by Dzignine
28 julho 2010

Fiz um contrato com a noite... Ruas vazias de gente, testemunhando segredos.

A noite te chama como mais nenhum momento te entende. Às vezes me pego vagando pelas ruas de Mariana, sem rumo, sem noção de tempo ou espaço. E como sempre, os último habitantes da noite, a maioria estudantes da UFOP, vão se esvaindo pelos becos e vielas da primeira capital das Minas Gerais. E eu fico só! Em meio as lâmpadas de postes e faróis de carros que saem sem rumo, como eu.
O silêncio que paira na calada da noite, engrandeçe o pensamento do ser. O torna mais profundo, mais adepto ao próprio mundo que o circula. Te leva a reflexões, que muitas vezes você achou que não poderia chegar.
E no meio do nada, e de tudo ao mesmo tempo, nos vemos perdidos. Mas de certa forma nos acalmamos, nos sentimos plenos diante de um mundo tão agitado, que só naquele momento para pra analisarmos, para assimilarmos os acontecimentos daquela dia. Um cigarro, um banco e a lua diante de seus olhos. Não, você não precisa de mais nada. Só isso faz de você alguém melhor, para colocar em prática sua vida, ou para teorizar mais sobre o que anda acontecendo com ela. Decidimos então aderir ao "slow motion" para de certa forma fugir da correria que vem do dia. As primeiras horas da manhã ressoam nos sinos da igreja barroca e a vida se tonra tão normal, tão banal. Voltamos a ser máquinas, e vemos que só achávamos que éramos pensantes, porém, a brutalidade com o dia incide em nosso olhos, nos mostra que somos apenas objetos animados. Somos movidos por atitudes incertas. E os segredos da noite, os amigos e amores da noite. A luxúria que aflora na noite. O pecado que invade as mesmas vielas frequentadas pelos estudantes, reside na noite. O saber se vê mais incisivo na noite e nos deparamos com novos modelos de vida dos seres da noite.  
26 julho 2010

Eu sou o dedo e você é o meu gatilho. Nós somos fogo e gasolina...

O perigo encontra embutido em cada ser. E quando a teoria do caos "profetiza" que se uma borboleta bater as asas em Hong Kong, ocorre uma tempestade em Nova York, ela não está sendo exagerada. Pois bem, qualquer mudança que fazemos em nossa vida, transforma tudo que nos rodeia. Por isso, nos foi dado uma "Caixa de Pandora" para que possamos a partir dela fazer nossas escolhas. Mas quem disse que só podemos ser bonzinhos ou maléficos?! Não... Podemos ser os dois. E vai chegar uma hora em que só nós mesmos saberemos quem estamos sendo. O correto, pelo menos pra mim, é manter a "pose" algumas horas e quando ninguém te ver, quem sabe, ousar um pouco mais. Já dizia uma comunidade do Orkut: Você é o que ninguém vê! Realmente, quem é o que é para o mundo? Não entendeu?! Bom, você já foi de verdade o que você realmente é, já falou o que pensa mesmo? Tenho certeza que não. Pode parecer estranho, mas acho que ninguém nos conhece além de nós mesmos. Talvez nem a gente mesmo!Por isso, hoje, tranque no seu quarto e pense mais sobre você. Mais do que pensar, aja. Dance aquela música ridícula que só você sabe que gosta, assista na calada da noite aquele programa idiota que ninguém mais imagina que você assiste. Pense mal dos seus melhores amigos, você pode, todos já pensaram um dia. Grite de desespero por coisas banais, que todos vão te criticar por estar exacerbada "por nada". Aproveite o momento só seu. Viva o seu individualismo. Não queira se alinhar melhor no meio em que vive sem realmente pensar no que está fazendo. Estar só não faz mal, o que não podemos é sermos só. E nesse momento só seu, planeje coisas mirabolantes, seja vingativo, maquiavélico. Seja o mais correto possível, seja autruista, mesmo não tendo ninguém para que você pratique esse ato, mas o seja apenas. Afinal o jogo da vida é perigoso, enquanto você é fogo, ela é a gasolina...
16 julho 2010

As frias montanhas do sul de Minas Gerais.

O cobertor verde ainda me faz companhia. O inverno nas serras do sul de Minas é intenso, duro, cruel, brutal. A brisa leve de Ouro Preto não me deixou mais aflito do que esse frio daqui. Talvez eu tenha me descostumado. Hoje as nuvens negras trazem uma melancolia maior a minha solidão. Olho pela varanda e o sol ameno do inverno não está mais lá fora. Uma chuva, um vento, um frio e a solidão!
Sem os amigos daqui, sem os amores daqui. E tudo que me rodeia, me apetece. E tudo que me cerca me espanta, me cega. E tudo que eu sinto é tristeza, é carência, é agonia, é aflição. A frustração do que eu encontrei nas gélidas montanhas me corrói, me consome. O tango eletrônico com a junção do vermelho intenso não me acalentou. Tenho dor nas costas. É o peso dos pensamentos acarretados pela preocupação dos acontecimentos. Mas será que eu estaria melhor em meio a neblina de Ouro Preto e Mariana?! Os amigos de lá me acolheriam, mas os amores de lá me deixariam mais calmo?! Não sei, e nem saberei nesse momento. Se eu voltar e ainda existir os resquícios da serração, eu me recolherei ao meu quarto com o sofá-cama verde e observarei a vida lá fora. Da janela do prédio para a vida no prédio alheio. Os amigos de lá me trazem o conforto do abraço. Os amores daqui me trazem a alegria de estar com alguém. E então me divido entre amores e amigos. E isso dói mais no inverno. Meus dedos estão gelados, e quando saio visto vários casacos pra me aquecer, pra me deixar distante do frio, pra me aproximar do calor. Mas o calor humano não me convence mais, não me deixa respirar. Será que eu preciso ficar só?! Sem os amigos, sem os amores, com ninguém...
A minha vida então que é tão dividida, que se perpetua entre meus amigos que surgem da neblina e meus amores que correm em meio as montanhas. E eu não sei o que fazer. Eu não sei o que escolher. Eu não sei pra onde ir...

A estranha história dos melhores amigos.

Eram dois adolescentes, ainda não cabíveis ao mundo que os rodeava. Então criaram um mundo pra eles. E assim, começava a que podia ser chamada naquele momento de "amizade". A amizade perfeita, os amigos inseparáveis, eram essas as definições das pessoas de fora. Mas pra eles simplesmente amigos. Eles conseguiram fazer as pessoas gostarem deles, mesmo não os entendendo, mesmo não os tolerando às vezes. Mas conseguiram!
E os anos passavam, e um sempre estava junto do outro para dar apoio nas horas dificeis, tristes. E um sempre estava com o outro pra comemorar os momentos felizes. Ou não. Pois é, talvez a amizade seja mais possível, mais real nas tristezas. Porque?! Vai ver que é porque a felicidade alheia sempre causa um desconforto, mesmo que uma invejinha boba, mas causa. Porém eles superavam esse obstáculo.
Falavam sobre tudo e todos. Segundo comentários exteriores, eles falavam mal de todos, inclusive deles mesmos. Mas acho que não. Acho que a fidelidade era maior na relação. Quanto a relação, sim, houveram comentários a parte. Que eles tinham um caso. Que a família deles sabia. Mas não, nunca tiveram nada, eram amigos.
E ali não cabia outra pessoa. Uma vez, um dos dois se surpreendeu com um outro amigo. E é claro, eles discutiram, e com o tempo o "amigo" passou, foi, e nunca mais o que teve ciumes ouviu falar daquele menino, quanto ao que estava fascinado com a possível amizade, não sei se nunca mais o viu.
E entre eles começaram a haver atritos. Vestibulares, novidades na vida de um dos dois apenas. E o momento decisivo:  a partida de um deles para um lugar "far far away".
Bom, acho que vivemos num mundo meio utópico, não é?! Pobres meninos, achavam que a distância não ia os afastar, mas AFASTOU!!!
O tempo foi passando, e não existia mais aquela união, aquela amizade. O amigo que foi embora era complicado, não se acostumava com as mudanças que não fossem dele. E o amigo que ficou precisava de algo pra suprir a falta do outro. Arrumou novos amigos, novas maneiras de se comportar. 
E nas férias de invernos eles não se reconheciam mais. Eram estranhos aos próprios olhos. Então fica a questão, a amizade tinha mesmo essa força inexorável?! Acho que não, acho que nenhum relacionamento é sólido o suficiente para aguentar mudanças drásticas, ou outros probleminas que achávamos que eram "simples assim".
E os ex-melhores amigos seguiram seus caminhos. Um podia mudar o quanto quisesse que o outro não ia mais reclamar, criticar. O outro podia viver a sua maneira, com sua bipolaridade, seu comportamento vulnerável que não fazia mais diferença na vida do amigo.

THE END
13 julho 2010

Beija eu, beija eu, beija eu... Me beija!!!

Uma manhã fui acordado por um telefone que interrompeu meu sonho. E o sonho era sobre o beijo, onde de alguma maneira eu fazia uma "análise" desse fenômeno, o beijo. Tá aí uma coisa engraçada e estranha ao mesmo tempo. Uma pessoa pode gastar horas a fio discorrendo sobre essa "coisa" que alguns podem chamar de atitude, outros de relação pessoal, outros de "meio de comunicação", porque não?! O ato de beijar alguém se concretiza com o toque dos lábios de um na parte desejada do outro. Sim, voltando para o lado prático e conciso da situação é bem isso mesmo. Mas temos várias definições, várias maneiras de realizar esse tal ato. Para principiar nossa conversa, fui buscar base para discursar sobre o beijo. A palavra que vem do latim basium. No ocidente consideramos um gesto de afeição, e entre amigos serve de cumprimento ou despedida. Quando se dá entre dois lábios significa afeição romântica ou desejo sexual. E nas artes, o mundo se emocionou com o beijo de despedida entre Rick e Ilsa, de 'Casablanca' e o mesmo ato se tornou imortalizado na cena de Burt Lancaster e Deborah Kerr, no filme 'A um passo da eternidade'. Ainda no cinema, em 'Cinema Paradiso', você pode se deliciar com um final que apresenta grandes cenas de beijo cinematográfico que foram proibidas pelo padre do vilarejo. E para não deixar de lado o sagrado beijo "macarrônico" de 'A Dama e o Vagabundo'.
Bom, encontradas tais referências que marcama  história do beijo pelo mundo, podemos falar de nós mesmos. Seres humanos comuns que não são embalados por uma trilha sonora ou pela melhor luz quando resolvem dar aquele beijo em quem quer que seja. "Para quem disse que o beijo era só um beijo nunca tinha sido beijado de verdade". Realmente, quando essa citação foi criada, a pessoa sabia mesmo o que estava falando. O beijo de pai e mão nos leva pra mair perto da casa e do mundo em que éramos protegidos por eles, em que não davamos passos com nossos próprios pés. O beijo dos amigos te aproxima deles, e demonstra um carinho e uma certa preocupação que parte do destinatário ou do recebedor. O beijo da pessoa amada te leva para as nuvens por alguns segundos, e pode ser tórrido ou sutil, mas quem sabe quando acontecer isso, você ouvirá os famosos "sininhos" tocando ao seu ouvido. E por que não falar do mais divulgado do século XXI, o "selinho". Quem nunca deu um selinho que atire a primeira pedra. Pois bem, este se tornou hábito entre amigos, amores e afins. Sua função?! Ainda não sabemos se é um carinho mais intenso, ou uma necessidade do toque dos lábios. O que se sabe é que ele ganhou seu espaço.
E assim se publica o beijo pelo mundo. Pode ser na boca, na testa, na bochecha, no pescoço, nas mãos... Pode ser um "beijinho doce" ou um "beijo de Judas", talvez um "beijo no asfalto", quem sabe o "beijo da mulher aranha" ou do homem aranha de cabeça pra baixo mesmo. Independente da maneira ou de quem seja, só fica a dica: Beije!
12 julho 2010

And the stains coming from my blood tell me go back home

A televisão se apropria da mesma função da janela. Nos leva para o mundo que ao mesmo tempo que é concreto, se torna difícil de se tornar palpável. E essa janela nos leva para um mundo de horror, de violência incalculável e para um mundo ainda duro de ser analisado se comparado com o mudno que até o momento conhecíamos, ou acreditávamos conhecer. O que vem à tona no momento é sobre o goleiro Bruno. Enfim, vários meios só sabem divulgar esse tipo de notícias, que eu, particularmente, não sei qual a função de tal atrocidade - tanto a do goleiro, quanto a da imprensa.
Bom, criticar o jornalismo no país pode ser algo errôneo, ou mesmo problemático - ainda mais no que se refere a um estudante de Letras, meu caso -, até porque tal carreira passou por diversas crises com a "queda" do diploma, mas tal fator não vem ao caso. Não é por isso que as pessoas que se propõe a fazer Jornalismo devam se virar contra o lado humano do ser, criando uma imagem que está mais adepta a atitudes animalescas. Talvez a ausência do investimento em culturalização do Brasil propicie tal fator. Pense numa sociedade que vangloria a violência, mesmo sem ela saber. Casos como da menina Nardoni, entre outros, mobilizam a população diante da TV. E mais uma vez me pergunto: Porque? Como isso vende, e vivemos numa sociedade onde o que realmente tem valor é o que vale dinheiro, nos deparamos com jornalistas mesquinhos nos maiores meios de comunicação. E no fundo esses pseudo-profissionais só querem saber do seu saldo no final do mês na conta bancária, vulgo salário. Outro questionamento: Quem se presta ao papel de ficar quatro anos em uma universidade estudando para se tonrar uma pessoa sem nenhum profissionalismo, desmerecendo ainda o título de jornalista.
Você pode achar que eu não gosto desses profissionais, mas pelo contrário, admiro essa profissão. Tenho amigos que fazem jornalismo. Mas acredito que assim como qualquer outra carreira, o indivíduo deve se valorizar mais com tal função que ocupa, e quem sabe assim, melhorar a construção da opinião pública para uma sociedade que se estrutura por meios de comunicação com qualidade duvidosa.

Título: Trecho de Seven Nation Army - The White Stripes

E eu, gostava tanto de você. Gostava tanto de você...

Esse post eu dedico a saudade. A todos os tipos de saudades. Saudade das pessoas que se foram e não voltam mais. Das pessoas que se foram, mas ainda voltam. Das pessoas que fizeram parte da nossa vida e hoje não fazem mais, independente do motivo exato. Enfim, existem diversas maneiras de se ter esse sentimento que só existe um nome certo no nosso idioma.
Eu sinto saudades do meu pai e da minha vó. Da maneira como eles levavam a vida. Do bom humor dele. Das conversas dela. É um tipo de saudade que não te espaço, não tem lado pelo qual você olhe e ela passe. É um tipo de vazio, mas ao mesmo tempo, é algo sem solução. Uma hora você simplesmente acostuma.
E quanto a saudade do que ainda existe, ou do que possivelmente se foi, mas sempre terá volta? O que deve ser feito? Esse tipo de saudade realmente dói. Você sabe que as coisas só não estão como eram por culpa sua, ou das outras pessoas. E o que fazer, se a relação interpessoal depende dos dois lados? Bom, devemos esperar um pouco, pra ver se de algum lado parte alguma iniciativa. E essa saudade que se mistura com a ansiedade te dá uma angústia.
Além das saudades citadas logo acima, hoje eu sinto falta da minha infância, sem preocupação real. Sinto saudades da vida em Brasópolis, onde eu realmente era a pessoa mais feliz, mesmo sem ter noção disso. Hoje eu sinto saudades de maneira como era minha relação com os amigos, antigos ou atuais - espero que ainda os sejam. Enfim, as coisas mudaram, e talvez a adaptação esteja sendo meio difícil. Acredito que eu precise de mais calma da parte deles. Eu demoro pra me adaptar e o modo como eu o faço talvez seja bruto demais, mas eu sei que uma hora consigo colocar as coisas no devido lugar. Hoje eu não sei mais onde estou, existem peças novas na caixa de brinquedo. E essas peças interferem na maneira como montamos as outras, que já estavamos acostumados.
Por isso, nesse post, até então dedicado a saudade, me volto para as desculpas que merecem ser dadas. Aos amigos que eu de alguma maneira magoei com atitudes, pra mim involuntárias, pra eles incompreendidas. Aos amigos que eu tanto critiquei sem conhecimento de causa, e se fiz críticas duras foi tentando ajudar, apenas isso, mas confesso que me expressei mal de diversas maneiras. Enfim, as coisas parecem simples às vezes, mas a ausência de algo, ou alguém realmente atrapalha a vivência do indivíduo e de repente nos vemos "precisados" de companhia que até o momento te fazia a melhor pessoa do mundo.



08 julho 2010

No espelho!

Você conhece o Patrick? Não!
Realmente ninguém o conhece, ninguém sabe o que ele pensa ou gosta. Podemos dizer que sua bipolaridade em relação a tudo é culpa de seu signo: Libra. Mas um signo não formula totalmente a personalidade das pessoas, elas dependem de seus ascendentes, de seus planetas regentes, enfim, diversos fatores. Por isso acredito que não seja essa a resposta!
Não, ele não teve uma infância difícil, nem uma adolescência conturbada. Digamos que sua vida começou aos 20 anos. Aliás, as coisas começaram a acontecer com essa idade. Posso discorrer das passagens mais bruscas e tensas da vida dele. Posso discorrer sobre suas alegrias mais plenas. Mas sua personalidade ainda é indefinível. Porque?! Boa pergunta...
Do que o Patrick gosta afinal? De tudo e de nada ao mesmo tempo. Ele gosta de branco e preto. Ele gosta do mocinho e do vilão. Ele gosta do doce e do azedo. Ele gosta de meninos e meninas. Ele gosta de festa e de ficar em casa. Mas e as atitudes do Patrick? Quem as controla?
Ninguém as controla, nem ele mesmo... E ninguém as entende, nem ele mesmo...
Seus extremismo? Vários, ou melhor, todos!!!
Ele é ciumento ao extremo. Ele  ama ao extremo, mas odeia ao extremo também. Ele ri desesperadamente. Mas chora incontrolavelmente.
Quando ele não gosta, se faz de desentendido, ignora o fato e a pessoa... Dias depois... Patrick quer resolver os mau-entendidos, afinal não gosta de acarretar problemas...
? ...? ...?

O que o Patrick quer?
Bom, no momento ainda não sabemos o que ele quer, o que ele é, ou quanto tempo vai durar esse seu "eu". Mas assim mesmo que funciona o Patrick. Não tente entendê-lo ou vai gastar uma vida pra nada e ainda vai morrer na dúvida. Apenas conviva, se for possível. Em alguns momentos ele vai te fazer sorrir, em outros chorar. No final você decide se valeu a pena ou não!!!
07 julho 2010

I like you so much better when you're crazy

Esquecer essa canção que marcou meu junho como nenhuma outra é impossível. A minha intenção é finalizar realmente minha paixonite por ele, e acho que essa canção só serviu pra marcar meus últimos momentos de "amor" por essa pessoa que insiste em me chamar de descontrolado, mas que se descontrolou mais do que eu na sua performance. Aliás, nem o parabenizei, por isso aqui vão os meus PARABÉNS!!! Deu um show moço... Mesmo eu ficando envergonhado por alguns momentos, adorei a música e seu show.
Momento retrospectiva?! Pode ser... Vamos começar?!

Março!!! Um dry martini sozinho no Minas adega, e eis que me surge alguém. Não adiantou realmente eu fingir que não estava vendo, né?! Humpf...
_Olha o Patrick ali!
_Oi [sem graça]
_A gente pode se sentar com você, ou prefere ficar sozinho?
_Claro que pode...
...

Dias depois... Jardim - Mariana - MG!!!
Outra aparição?! Sim, em plena segunda-feira... Quem bebe na segunda?! Somente eu e Letícia!!! E foi isso que ele concluiu também. E lançou no ar a seguinte frase:
_O que importa é que eu estou solteiro!!!
...
...
...
Hum!!!

Final de semana com calourada do ICHS... Não ia prestar né?!
Catuaba na D'ocê Lar... Lady Gaga... Catuaba e Lady Gaga... E mais Catuaba!!!
Ele: _Você por aqui?!
_Oiiiiiiiiiiiii [extremamente bêbado]
...
_Quando vamos fazer um...
_Revivle?!
_O que vai fazer pra que eu aceite te beijar?!
[um leve escorregãooooooooooooo]
_Não precisa mais nada!!!
... ... ... ... ... [atrás da placa]... ... ... ...

...

_Vai lá em casa amanhã. Vamos lavar roupa?!  - Vi num filme que um relacionamento acabou porque ele nunca a chamou para lavarem roupas juntos, não pela roupa, mas pelo momento dos dois juntos.
_Claro...
Dia seguinte:
...
_Não tenho coragem!!! Não vou!!!

Segunda feira... Aula de Estudos de Leitura e o professor falava insistentemente sobre monges copistas... Afff!!!
Ele chega, senta do meu lado e me manda o bilhete:
"Vou te matar duas vezes, uma porque você merece e a outra porque você já sabe"
...
"Preciso me redimir com você, que que vai fazer hoje a noite?"
...
Não rolou... =(

GELP... Uma fluminense gastando seu R arrastado e um novo bilhete...
"Vamos no Scoth hoje?"
=)
...

Scoth - Heinneken - Ruas de Mariana - Rep. Ren...
Vídeos engraçados, um desenho no teto do quarto, "aulas" de horóscopo...
Libra realmente combina com Aquário?!
...
...
...
...
...
...

E amanhece o dia e eu volto pra minha casa...

Véspera de feriado e de eu ir pra minha casa... Depoimento de orkut:
"Onde você tá?! Que que vai fazer hoje?"
Resposta de depoimento:
"Ainda não decidi onde vou. Me fala onde vai estar que eu te caço"
...
Eu que caçei!!! haha

Cerveja, ABSINTO... Hum!!!
Elvira, a Rainha das Trevas... Soneca!!!
... ... ... ...

...
Diálogo inconclusivo...
...

Domingo... Dia de voltar pro sul de Minas!!!

Uma semana depois...

...

Fim!!!

Fim?! Como assim?!

Fim, uai!!! Sei lá também!!!

Mudaram as estações, nada mudou?!

Pois é, eu acho que muita coisa mudou nessa nova estação! Mas sabe quando você não consegue falar algo específico?! Pois bem, me sinto perdido em meio a situações novas, com pessoas novas... Não sei mais planejar minhas reações, nem o que pensar sobre. Me sinto FRUSTRADO!!!
O que eu mais queria era voltar pro "tão sonhado" sul de Minas, mas talvez eu não tenha me realizado com o que encontrei por aqui. Ainda não sei se o que eu estou sentido é medo da perda, perda das pessoas que eu talvez achasse que fossem só minhas, mas que descobriram um mundo além do meu. Ou talvez seja estranheza, realmente o tempo que estive fora me fez mudar, e os fez mudar, e acredito que agora estejamos descompassados. Observamos as coisas por outros ângulos. Nossos gostos fogem do comum e não sei como nos unir mais.
Sinto esse vazio tomar conta do meu eu de uma maneira que realmente não sei pra onde ir, ou o que fazer. Será que aquela amizade que achávamos que era pra vida inteira está se fragmentando? Será que as pessoas que disseram que as coisas mudariam com o tempo, estavam certas? Será que quando Milton cantou que "nada seria como antes", ele certamente sabia do que estava falando? Agora eu vejo que sim. E aquela história de que a distância não separa verdadeiras amizades era apenas uma "furada", porque eu nunca duvidei que nossa amizade fosse verdadeira, mas não foi por isso que ela durou até o momento do mesmo modo que era.
A culpa provavelmente seja minha. Eu possivelmente estou vendo "coisas" além do acontecido. Para todos pode, ou deve estar da mesma maneira, mas pra mim não. E até quando eu vou tentar levar essa situação adiante? Em que momento vou parar e tentar resolver esse problema? Me diga, tem resolução? Afinal, se o problema for só comigo, o que eu posso fazer para melhorar? São tantas perguntas ao mesmo tempo, porém sem resposta pra qualquer que seja!
Eu queria por apenas um periodo da vida, voltar aquele tempo em que ainda existe algo firme, com uma base forte que pudessemos chamar de "amizade". Não que hoje em dia não sejamos amigos... Só acho que não é como antes, e isso me machuca. Não podemos mais olhar uns pros outros e decifrar o pensamento através da leitura do olhar apenas. Pra onde iremos? O que seremos daqui uns dez anos? Ainda não sei, mas a minha esperança é que mesmo unidos apenas por um fio, ainda tenhamos uma pequena ligação que seja!
06 julho 2010

Write me off your list... Make this the last kiss, I'll walk away!

"As coisas podiam ter sido diferentes entre nós"... Bom, não sei porque, mas eu tenho essa estranha mania de começar assim a até então tentativa de carta que eu tenho vontade de mandar pra um certo alguém. Esse certo alguém marcou minha vida como eu nunca achei possível isso acontecer. E o que é mais improvável ainda, em apenas uma semana de convívio. Que eu era intenso em minhas atitudes, eu já sabia, mas pra chegar nesse ponto, acho que exagerei mesmo. Como em tão pouco tempo eu pude gostar tanto assim de uma pessoa? Como eu pude chorar por ela, e me desesperar quando eu não sabia onde ela estava? As coisas podiam ter sido diferentes sim, se eu tivesse me controlado mais. Se eu soubesse moderar as coisas? Mas esse defeito até esse momento não me deixava assim, transtornado. Carinhosamente - ou não - eu ganhei por esse certo alguém, a denominação de "descontrolado", agora tudo faz sentido na minha mente... Eu posso enxergar que eu estive errado. Mas não acho que isso seja justificativa para um afastamento. Seria melhor se ele chegasse em mim e me dissesse que não queria mais, seria pelo menos mais sensato.Ontem eu só tive certeza que aquele beijo antes de eu viajar foi o último. Não teremos mais nada mesmo. Chegamos num ponto onde devemos perceber que as coisas chegaram ao fim. Ponto. Não há nada pra ser feito. Enquanto a roda viva cumpre seu papel, vamos assistir nossa vida passar pela janela.