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06 março 2012

O aceno dos que ficam, o abraço dos que chegam.

Foram  três meses inesquecíveis. Não sei se pelo peso de eu estar podendo voltar pra esse mundo que foi a base para tudo que sou, ou se foram apenas as melhores férias da minha vida. Também não posso falar o 'porque' de ter sido tão bom. Mas foi! E agora, estou prestes a voltar pra Mariana, o lugar que tanto sonhei e que amparou minhas alegrias e tristezas nesses quase três anos. Parece que eu tenho medo, angústia ou 'sei lá o quê'. Afinal, estou indo pra me despedir. Indo pra dizer o quão bem as pessoas do lado de lá fizeram pra mim. Mas o que me espera naquele lugar? O que me espera nesses quatro meses? (Bom, é melhor pensar nisso do que no que me espera depois de estar com o diploma em mãos)

Não sei. E assim estou indo pra lá. Sem saber ao certo quem eu sou, ou quem eu fui. Sem saber se aquele UFOPiano (o melhor neologismo) era eu mesmo, ou algum personagem que eu criei pra aguentar os 500Km de distância. Para ultrapassar a barreira da vida: De menino mimado a pseudo-adulto responsável. 

E ao mesmo tempo que me vem uma alegria louca de estar voltando, e de poder estar sentindo tudo isso, me volta o medo (que citei logo acima). E misturado com tudo isso, tem a saudade e a nostalgia de tudo que vivi lá. Das primeiras palavras trocadas, do sabor da primeira comida de estranhos. Das fugas das aulas para rir ou chorar. Da chuva que eu tomei ou do sol que me 'derreteu'. De cada copo de cerveja bem tomado nas melhores companhias que eu pudia ter tido. Das quintas no Casarão e no Sagarana. Dos sábados nas 'festas particulares' (ou felizes tentativas de ROCK) ou mesmo dos rocks com os tais batidões que elevam seu espírito em questão de minutos. Dos programas de TV irreverentes aos domingos, das despedidas sofridas. Dos brigadeiros fora de hora, da ressaca que se curava com bebida. Dos beijos, dos abraços, dos olhares. Da sala de estudo tão bem frequentada (risos). Das risadas (frenéticas) ao redor da mesa. Dos ensaios fotográficos no ICHS.

Enfim, é tanta coisa. São tantos momentos que acho impossível deixar todos registrados aqui. Bom, acho que tá na hora de abrir os braços e voltar correndo pro canto que me espera. E deixar tudo aqui no do mesmo jeito, porque logo, logo eu to voltando pra esse lugar que não consigo parar de chamar de casa.