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22 janeiro 2011

Cotidiano

Caro leitor. Ontem resolvi me saciar de momentos ímpares revendo uma minissérie que tanto amei. Aliás, amei tanto que a comprei. Escrita pelas mãos do mestre Manoel Carlos, eu me deparei com um cotidiano que leva nossa intimidade até pontos jamais investigados. Pois bem, nesse momento decidi a temática da minha monografia. Uma análise sobre o cotidiano no discurso ficcional através das obras de Manoel Carlos. Nome complicado?! Mas toda monografia é cheia de rodeios, nunca uma coisa simples como: O dia-a-dia nas novelas de Manoel Carlos. Enfim, não estou aqui hoje pra falar sobre minha monografia ou coisas do gênero acadêmico. Mas sim pra refletir sobre o cotidiano. O que vem a ser esse cotidiano que ao mesmo tempo que te machuca, te consola? Essa rotina faz mal, acaba com relacionamentos e, porque não dizer, acaba com nós mesmos. Por muitas percebi que a rotação da roda da vida não é longa. Em um curto espaço de tempo voltamos ao mesmo lugar e estamos fazendo as mesmas coisas de minutos atrás. Mas também temos receio da mudança. Não queremos fugir daquela rotina maçante. Então o que queremos?! Queremos viver a vida desse jeito mesmo. Essa ambiguidade de sentimento faz parte do nosso cotidiano. Cotidiano esse baseado em amores, em abraços de amigos, em um afago sincero, ou não, de algum familiar. Esse cotidiano se resume em tragédias e em momentos inesquecíveis. Cotidiano que encontra embasamento nas coisas mais simples e sinceras. 
Por fim, acho que o cotidiano com aquelas conversas bobas ou frias nos leva pra um caminho sem volta, um caminho imperfeito. E essa imperfeição nos permeia por vários tempos, e nunca será do jeito que queremos, porque nós temos uma vida involuntária. Nós não podemos escolher a hora de sofrer, a hora de dizer 'te amo' ou 'te odeio'. Estamos sucintos a qualquer tipo de movimento da vida. Sim, meu caro leitor, isso é o cotidiano. Nada mais do que a própria vida.

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