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28 julho 2010

Fiz um contrato com a noite... Ruas vazias de gente, testemunhando segredos.

A noite te chama como mais nenhum momento te entende. Às vezes me pego vagando pelas ruas de Mariana, sem rumo, sem noção de tempo ou espaço. E como sempre, os último habitantes da noite, a maioria estudantes da UFOP, vão se esvaindo pelos becos e vielas da primeira capital das Minas Gerais. E eu fico só! Em meio as lâmpadas de postes e faróis de carros que saem sem rumo, como eu.
O silêncio que paira na calada da noite, engrandeçe o pensamento do ser. O torna mais profundo, mais adepto ao próprio mundo que o circula. Te leva a reflexões, que muitas vezes você achou que não poderia chegar.
E no meio do nada, e de tudo ao mesmo tempo, nos vemos perdidos. Mas de certa forma nos acalmamos, nos sentimos plenos diante de um mundo tão agitado, que só naquele momento para pra analisarmos, para assimilarmos os acontecimentos daquela dia. Um cigarro, um banco e a lua diante de seus olhos. Não, você não precisa de mais nada. Só isso faz de você alguém melhor, para colocar em prática sua vida, ou para teorizar mais sobre o que anda acontecendo com ela. Decidimos então aderir ao "slow motion" para de certa forma fugir da correria que vem do dia. As primeiras horas da manhã ressoam nos sinos da igreja barroca e a vida se tonra tão normal, tão banal. Voltamos a ser máquinas, e vemos que só achávamos que éramos pensantes, porém, a brutalidade com o dia incide em nosso olhos, nos mostra que somos apenas objetos animados. Somos movidos por atitudes incertas. E os segredos da noite, os amigos e amores da noite. A luxúria que aflora na noite. O pecado que invade as mesmas vielas frequentadas pelos estudantes, reside na noite. O saber se vê mais incisivo na noite e nos deparamos com novos modelos de vida dos seres da noite.  

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