Copyright © Crônicas, Contos e Desabafos
Design by Dzignine
04 dezembro 2009

Um olho cego vagueia procurando por um

A dúvida beteu na minha janela essa noite, e eu não soube mais o que pensar, sabe aquele amor que eu falei logo ali embaixo?! Então, sei lá se isso realmente é amor, ou só uma coisa nova na minha vida, acho que é isso mesmo, uma novidade, sabe quando a criança ganha um brinquedo novo e não quer largar?! Mas com o tempo o brinquedo vai perdendo a graça e você vai deixando de lado. 
Hoje ele já não é pra mim como ontem, hoje eu já vejo o brinquedo e deixo ele passar por mim, sem dar muita importância, aliás o tempo é o melhor companheiro pra tudo, e pra isso também. Nos faz esquecer coisas banais que achavamos que eram essenciais. Agora também não é tempo de começar nada, estou indo embora pra casa e em casa tudo volta ao normal. E as coisas que foram feitas aqui ficam aqui. Talvez as pessoas do lado de lá não estão acostumadas com essa vida louca, como diria Cazuza. Pra eles o mundo ainda padece no preto e no branco e as formas são sempre uniformes, sem fugas e nem arestas, sem nada que possa machucá-los. A falta de entrega me cansou, penso que mesmo se dermos com a cara na parede, podemos no final falar que tentamos e que mesmo frustrados aprendemos...



Título: Trecho de Frevo Mulher

0 comentários:

Postar um comentário