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06 dezembro 2009

Nem desistir, nem tentar. Estamos indo de volta pra casa!

Enfim, o tempo andou aqui em Mariana, e o que eu achei que fosse demorar passou sem eu sentir. Aliás, não posso falar que sem sentir, porque eu senti muita coisa boa, muita coisa nova, sem explicação. Eu fui feliz, e sou feliz nessa cidade, encontrei pessoas que em entendem e lugares que me fazem viajar pra outro mundo. Porém os dias passaram e eu estou voltando pra casa. Não sei dizer se isso é bom demais ou estranho. Tá, eu realmente preciso ir pra casa. Deixei minha mãe, meus amigos, meus parentes lá e acho que tenho obrigação de voltar, e em partes eu quero voltar, aliás, preciso. Não no sentido de obrigação, não, mas no sentido que eu preciso de sentir de novo a sensação de casa com tudo no lugar, preciso colocar minha cabeça no lugar e pensar sobre as coisas que me aconteceram aqui. Quero o colo de mãe e o abraço dos antigos amigos. Quero comer brigadeiro vendo minha TV no meu sofá. Sim, pra mim muita coisa minha ainda tá lá. Eu não vejo meu mundo daqui como meu. Parece algo emprestado, que daqui a quatro anos eu vou devolver e vou voltar pra minhas coisas, sejam elas novas ou as velhas mesmo. Só sei que esse período pra mim é apenas uma transição, não sei quanto tempo fico e nem como fico. 
Agora tá na hora de ir, de voltar pro mundo real e sair do faz de conta e quando chega nesse ponto não fazemos mais escolhas, nem decidimos mais nada, somos levados pelo destino e pela sorte. Quem sabe não achamos algo bom pelo curto caminho que nos falta antes da partida, não sei se isso é possível, mas sei que nos quarenta e cinco do segundo tempo eu encontrei uma coisa que podia ser boa, mas que só antecipou minha vontade de ir pra casa, ou seja, só me deixou triste. Talvez eu devesse voltar o mais rápido possível mesmo e isso seja pra me avisar, agora só sentar e esperar...




Título: Trecho de Por Enquanto

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