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17 março 2013

"... Um modo divino de contar a vida" (Parte 3)

O Paciente Inglês, Shakespeare Apaixonado, Titanic, Beleza Americana

Continuando a história do menino que vive a mercê do cinema, chegamos ao anos de 1997. Naquele ano o garoto começa a ganhar certa responsabilidade com uma dose de coragem, começava a ir sozinho para a escola. Os amigos já não eram os mesmo do pré-escolar e estudar agora parecia de verdade, mas só parecia. Naquele ano, Alien ressuscitava e um casal de Nova York tentava de tudo para ter um filho. As Spice Girls conquistavam a sétimo arte, mas não muito público e na onda de cantoras no cinema, J. Lo dava vida à Selena. E no Brasil não havia mais o medo sobre a censura, por isso resolveram trazer à tona coisas sobre a ditadura... O que é isso companheiro? Chuck ganhava uma noiva e nascia o tal Mundo Perdido de Jurassic Park. Matt Damon naquele foi um Gênio indomável, Julia Roberts não conseguiu ver seu melhor amigo se casar e alguém sabia o que aqueles jovens haviam feito no Verão passado. Mas o ano foi mesmo de Ralph Fiennes com suas queimaduras e histórias em Paciente Inglês.
No ano seguinte as coisas continuavam iguais, alguns problemas a parte, o garoto continuava naquele ritmo de escola e nas férias devorava gibis da Turma da Mônica. E no cinema resolveram reviver a época das danceterias contando a vida dos que frequentavam a famosa boate de NY Studio 54. Jack Nicholson estava estressadíssimo naquele ano e um grupo de homens comuns assume a personalidade de strippears para não perder suas famílias. A vida de insetos começava a ser explorada, muito além do National Geo, assim como a vida de Truman que teve cada situação sua televisionada desde seu nascimento. Também em 1998, o soldado Ryan era resgatado, Mary procurava alguém para se casar, Patch Adams contagiava a todos com seu amor, uma Lenda Urbana ganhava verdade e Julia Roberts ficava Lado a Lado com Susan Sarandon para uma emocionante história. Um meteoro ameaçava cair na terra e causar um Impacto Profundo, mas o que desesperava Laurie Strode era que mesmo 20 anos depois, Michael Meyers não lhe deixava em paz no Halloween. Mas o que fez o mundo literalmente parar foi o amor de Jack e Rose durante a viagem do transatlântico Titanic
Em 1999 surgiram os famosos boatos que o mundo acabaria, aquela apreensão com relação à virada do milênio, enfim o garoto claro que entrou na onda. Era o último ano dele no grupo escolar, finalizava mais um ciclo de vida entre canetinhas que grudavam e brincadeira de 'menino pega menina' (oi?! Rs). E no cinema, todos queriam ser John Malkovich, o clássico Fantasia ganhava sua versão 2000. Adam Sandler era um Paizão que ninguém dava nada, mas todos queriam ter e o mundo não era o bastante para o agente 007. Almodóvar mostrava tudo sobre sua mãe e Tarzan ganhava sua versão Disney. E se Ripley mostrava todo seu talento na arte da trapaça, Bruce Willis não queria aceitar que estava morto e induzia o menino a ver 'gente morta sempre'. Ao som de "Kiss Me" ela foi demais, Drew que nunca havia sido beijada, foi naquele ano, a Julia Roberts fugiu dos noivos como ninguém e Michelle Pfeifer foi até as Profundezas do mar sem fim em decorrência do desaparecimento de seu filho. E na Inglaterra fomos levados para um lugar chamado Notting Hill, mas a história de Shakespeare apaixonado deu mais certo não só por lá, mas pelo mundo inteiro. 
Na virada do milênio nada aconteceu, as coisas continuaram do mesmo jeito e o garoto mudou de escola. Agora se sentia era um adolescente como outro qualquer, que acha que sertanejo é cafona, que arruma problema por qualquer coisinha e acredita que já é responsável o suficiente para fazer tudo. Naquele ano as virgens eram suicidas, os mutantes de X-men ganhavam o cinema, e a sátira aos filmes de terror deixava Todo mundo em Pânico. Jared Letto estava viciado, Christian Bale era um psicopata e começavam as primeiras premonições. Drew, Cameron e Lucy eram as panteras, Keanu Reeves era o observador, Tom Hanks era o náufrago e estava à espera de um milagre, Freddie Prinze Jr. e Claire Forlani não sabiam se era amor ou amizade. Mas o filme do ano foi a história da mocinha que seduzia o tio de meia idade com toda sua Beleza Americana

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