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04 agosto 2012

Mochila nas costas.



Tentar falar de três anos em algumas linhas é uma grande responsabilidade, e eu sinto que estou incapacitado disso. Mas eu vou me arriscar nesse emaranhado e tentar refletir as perdas e ganhos nesses três anos que fizeram da minha vida algo totalmente novo! 
Eu botei meus pés naquele chão jamais sentido por mim, e com malas e mais malas, eu busquei novos ares. E num curto espaço de tempo eu conquistei tanta coisa, como amigos que eu pretendo levar para a vida inteira. E aprendi muitas coisas que vão além de fazer arroz, como por exemplo, amar. E eu chorei, descontroladamente, por medo e saudade. E as lágrimas também me impulsionaram nessa jornada, e não me deixaram desistir. 
Nas amizades achei a base para muitas das minhas jornadas. E foram caipirinhas, abraços e sorrisos. Foram músicas bregas ao redor da mesa, danças esdrúxulas (que não deveriam ser levadas a sério). Também foram brigas sérias, noites de insônia por remorso. Mas acima de tudo, foram as descobertas. Descoberta de que existem pessoas tão boas perdidas por aí, e que não é porque elas não me conheciam desde pequeno, que elas não poderiam ser minhas melhores amigas. Então, deixo minha gratidão à todos esses 'novatos' que me aceitaram da forma que eu era, que aceitaram minhas manhas e chatices, e que fizeram das minhas horas em Mariana, momentos mais felizes!
Mas se eles me deram a força pra continuar lá, eu também precisava da raiz forte pra me segurar às origens. E durante esse tempo, não posso deixar de lembrar dos velhos amigos que sempre permaneceram do meu lado, mesmo quando eu não mandava recados ou mensagens. Mas sempre que eu resolvia voltar pra casa, eles continuavam ali, de braços abertos. E se com alguns aumentei meu vínculo e com outros eu o perdi totalmente, foi porque o movimento da vida quis assim. 
Por fim, posso dizer que esses anos me fizeram aprender quem eu sou. Me fizeram descobrir do que eu realmente gostava, e melhor, aceitar o gosto dos outros, ver que não existem vários 'Patricks' por aí, cada um é cada um. E eu vivi sim, uma vida de estudante, horas utópicas como eu sempre quis, horas reais, como eu jamais esperava. E te confesso, por mais reclamações que eu tenha feito ao longo dessa trajetória, eu amo o simples fato de botar a mochila nos ombros e atravessar ruas de paralelepípedo com casas 'velhas' para ouvir histórias de amor e dor, e tentar entender um pouco da linguagem da vida.  

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