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22 agosto 2012

A felicidade e a batata-frita.


No auge dos 23 anos, me descobri hipocondríaco. Tá, eu já suspeitava disso, mas chega uma hora que você começa a surtar (Tô nessa fase). Daí eu me peguei mudando minha alimentação, colocando uma corridinha no meio da minha rotina (de ócio) e assistindo a programas sobre saúde. Ainda não sei se é um medo de algo muito ou pouco provável, só sei que quero é viver muito mais. E nessa trajetória toda, me vi perdido num mundo de anti-histamínicos, antibióticos, anti-inflamatórios e todos os antis do mundo que te protegem contra todas as possíveis doenças. Me senti de novo aquela criança com medo de tudo e de todos, que não punha os pés no chão pra não pisar num caco de vidro. Qual é o problema  em uma criança pisar no vidro? Tá, essa comparação serviria pra mim se eu não fosse neurótico e não sofresse de doença psicossomática. 
Me sentia como Alice, só que ao invés do país das maravilhas, me vi no país das drogas. Entre remédios e mais remédios, me vi entrando numa 'possível' dieta. E pela primeira vez na vida, ingeri legumes que eu nunca tinha ouvido falar. E nesse momento, a tal batata-frita foi deixada de lado, como uma roupa que não lhe serve mais. Tá, foi bom pra me provar que a vida existe além de uma batatinha, e que a felicidade ainda é possível. 
Metaforizando esse evento, lhe digo que talvez muita coisa que consideramos boa na vida, só nos faça mal. E sempre achamos que não é possível deixá-las de lado, só que eu vos digo que é possível sim. Depois de um tempo, aquela coisa se torna, pra você também, a tal 'porcaria' que todos lhe diziam. E mesmo que demore muito pra se acostumar sem a tal 'coisa', te dou a certeza de que você vai melhorar e ser feliz.  

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