Copyright © Crônicas, Contos e Desabafos
Design by Dzignine
03 agosto 2012

Dedo de Deus.



Sabe quando você se pega querendo mudar a vida de todos à sua volta? Então, estou vivendo essa fase na vida. Achando que minha vida seria mais fácil se fosse a de outrem, ou simplesmente me adequando à teoria do 'se eu fosse você', mas levando ao pé da letra. Eu sei que está totalmente errado querer mudar o mundo. Poxa, não sou Deus pra conseguir esse feito! Mas me fala se você nunca se pegou pensando: Porque fulano reclama tanto de algo, se esse fosse meio maior problema eu já teria resolvido!  Pois é, os nossos problemas sempre são maiores, e a grama do vizinho sempre é mais bem cuidada. A realidade é bem diferente. Por mais que eu ache que as atitudes dos meu amigos sempre me contrariem, no fundo eu sei que tenho que aceitá-las, porque esse é meu papel. Porém, é tão difícil encarar o 'defeito' dos outros sem dar uma palpite se quer. Talvez essa minha prepotência, essa minha mania de me achar melhor e mais correto do que todos me façam tanto mal. Me faça ser uma pessoa pouco tolerante, que aceita pouco dos outros, e quando se trata de algo que me contrarie, eu ache melhor virar a cara e fingir que não é comigo. Vai ver que no fundo seja uma dificuldade em lidar com o que não está de acordo comigo, em lidar com pessoas que não façam o que eu quero. Mimo? Sim, não vou discordar. Só que no fundo eu ainda creio que eu tenha muita razão. Então, qual a dificuldade das pessoas em agirem de forma coerente?! Quer saber, no fundo essa minha discussão é em vão, porque eu nunca vou achar que as pessoas sejam tão incompreendidas com elas pregam e porque eu nunca vou conseguir mudar a forma delas pensarem. Pois se até Deus não usa de sua magnificência para com o ser humano, dando lhes o livre arbítrio. Logo, quem sou eu para discutir e tentar fazer com elas enxerguem o que eu consigo ver sozinho?! A realidade é clichê mesmo, e devemos aceitar nossos amigos do jeito que são. E talvez, quando sentirmos que o abismo só cresce entre nós, acenar de longe com as mãos como uma forma de ao menos ter tempo para uma pequena e sutil despedida! 

0 comentários:

Postar um comentário