Copyright © Crônicas, Contos e Desabafos
Design by Dzignine
26 janeiro 2012

Os bons e velhos tempos sempre existirão.

Sabe aqueles dias em que você acorda com medo do futuro? Só que ao invés de me desesperar, resolvi olhar pra trás e ver tudo que estou prestes a deixar pra trás. E ver que depois de tantas lágrimas que derramei por detestar Mariana, eu consigo enxergar como eu consegui aguentar isso tudo. Foi graças a algumas pessoas que me fizeram sentir o gosto mais doce que existia em meio aqueles casarões e às aulas de sintaxe, fonética, fonologia, morfologia e afins...

Certa vez ouvi alguém dizer que o que fazia esta pessoa seguir em frente naquela cidade era o diploma. Sim, realmente, isso é o que está nos esperando no final do túnel. Mas pra chegarmos lá, precisamos de mãos pra nos empurrar e nos levar até o fim. E essas mãos vieram junto com corpos resistentes [aos rocks] e cabeças perturbadas no modo de se relacionar com os outros, mas que pareciam se entender melhor do que qualquer um que num fizesse parte de tudo aquilo. 'E no meio de tanta gente, eu encontrei' aqueles que entraram na minha vida e que por minha vontade jamais sairão. 

E o que mais posso dizer que fiz nesses quase três anos foi viver. E viver se resume a beber e esquecer até como cheguei em casa, se resume a dormir na casa de pessoas nem tão estranhas assim, se resume a fazer de uma caixa de cerveja um dos melhores finais de semana, a conversar horas a fio e mesmo assim ter muita coisa pra conversar. Viver se resumiu à caminhadas noturnas, à festas estranhas com gente esquisita [porrã, faço humanas né?!], se resumiu à ensinar como se cultiva uma amizade, a sentir falta mesmo conhecendo-os há apenas 4 meses. Almoços inesperados, bebidas inesperadas, beijos inesperados, amigos inesperados, convites inesperados.

Com eles eu chorei, dei colo e fui consolado. Aprendi a arte do convívio e a arte de beber. Aprendi a cozinhar e comer comidas extravagantes. Aprendi e desaprendi muita coisa. 

E pra sempre estará na minha mente duas cenas: (i) em volta da mesa da Rep. Docê Lar, todo mundo reunido ao som de 'Stand By Me', no exato momento em que a Ste aprendia como acender o isqueiro na mão [Deus sabe como]  (ii)a carinha de cada um no dia do amigo oculto. 

0 comentários:

Postar um comentário